De acordo com informações que divulgadas pela TF Agroeconômica, é possível, que a soja chegue aos níveis de R$ 180,00 que estavam em abril. Portanto, mas o lucro não deve ser o mesmo. No entanto, este preço não terá o mesmo valor que teve quando apareceu da primeira vez, devido aos enormes custos de carregamento da posição.
Nesse cenário, o principal fator de influência nos preços da soja, neste momento, quando entra a safra brasileira, é o clima. “Para esta temporada, o clima começou quente e seco nos EUA, mas recebeu chuvas que devam algum alívio às lavouras americanas. Mas nada ainda, estará definido até agosto-setembro, quando começam a ser colhidas. No relatório de Crop Progress da semana passada, a emergência da soja estava em 96%, contra 92% da média dos últimos cinco anos, de modo que parece tudo normal. Já a soma das condições boas/excelentes estava em 60%, contra 71% do ano passado, resultado do período de seca”, comenta.
Dentre os fatores de alta estão a pouca disponibilidade mundial e o interesse da China que continua. “Os estoques finais mundiais nunca estiveram tão baixos, na história recente da soja. Segundo o último relatório do USDA, os estoques mundiais recuaram de 96,52 MT da safra 2029/10 para 88,00 MT da safra 2020/21. Uma diferença muito grande contra a média de oscilação entre 2-3 milhões de tons ano a ano”, indica.
Já entre os fatores de baixo estão a área maior de soja dos EUA, o dólar relativamente baixo no Brasil e os níveis de Chicago 200 pontos abaixo. “Teria que haver algum fator fundamental de peso para ajudar a romper esta resistência, que poderia vir do clima, da economia ou algum farto político, mas, por enquanto é totalmente incerto que ocorra”, conclui.
Por: Agrolink