Os preços do milho vinham caindo no Brasil nos últimos tempos. A Bolsa Brasileira (B3), por exemplo, acumulou quedas de mais de 6% ao longo de junho. Porém, os últimos dias foram de grandes valorizações, que forçaram a B3 a, ampliar os limites de alta de 5% para 7% na terça-feira (29).
Segundo o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, a entrada dos primeiros lotes da safrinha e de navios importados e as quedas do dólar e da Bolsa de Chicago eram os fatores que pressionavam o preço. Agora, as geadas no Brasil, a recuperação do dólar e um plantio menor nos EUA são o que impulsionam os preços.
O analista aponta que essas geadas, que foram as de maior intensidade dos últimos 8 anos, irá comprometer a qualidade dos grãos. Limitando a produção nacional à 63 milhões de toneladas (somando segunda e terceira safra), totalizando 88 milhões de toneladas para as três safras brasileiras.
Diante deste cenário, os preços podem cair nos próximos dias sentindo uma pressão de colheita, mas voltaram a subir a medida em que muitos destes volumes já estão negociados. Assim, a perspectiva de Rafael é de preços flutuando entre R$ 90,00 e R$ 100,00 neste segundo semestre, seguindo as projeções de paridade de importação.
Por: Notícias Agrícolas