Cenario Rural

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A arroba do boi brasileiro está mais cara que a americana

Analisando friamente os dados do Indicador do Boi Gordo Cepea/B3, o qual a referência é o Estado de São Paulo, o valor médio da arroba do boi gordo saiu de R$ 192,95, em 2/1/2020, para R$ 267,15, em 30/12/2020. A alta foi de 38,46%

Este ano, porém, o próprio índice já aponta novas altas históricas. Na segunda-feira (1/2), o Indicador rompeu pela 1ª vez a barreira dos R$ 300, ganhando R$ 1 nessa cotação. A valorização é de 9,97% desde o início do ano. O ritmo continuou ontem, com a média de R$ 301,05. A médica veterinária Lygia Pimentel fala com propriedade sobre algumas tendências do mercado da carne bovina. “O mercado pecuário este ano está muito volátil, mas eu arrisco que a arroba do boi possa chegar a R$ 315 ou R$ 320. Não descarto essa possibilidade. Mas dificilmente vai subir como subiu no ano passado”, avalia Lygia. Lygia é economista, consultora para o mercado de commodities e CEO da Agrifatto. Para ela, a carne bovina brasileira já está mais valorizada que a americana. “A arroba brasileira está cotada em US$ 56. E quando se compara com a arroba norte-americana, lá nos Estados Unidos, está por US$ 55. Ou seja, a arroba brasileira está mais cara que a americana. E nós somos hoje a arroba mais cara do Mercosul”, avalia. Na avaliação de Lygia todos os integrantes da cadeia não estão conseguindo repassar o aumento de custos para o preço de venda de seus produtos. O pecuarista não consegue vender um boi muito mais caro ao frigorífico, assim como o frigorífico não consegue repassar o valor alto que paga pela carne às redes de varejo. “Quem menos conseguiu fazer esse repasse, até agora, foi o varejo. Enquanto o preço do boi subiu 50%, a carne subiu 43% no atacado e, no varejo, a alta foi de 32%. Está todo mundo perdendo margens ao longo de 2021. Este ano será desafiador para toda a cadeia”, diz Lygia. A atividade responsável pela produção de bezerros é a única na pecuária que ainda mantém, de certa forma, saudáveis suas margens. Por isso, no ciclo pecuário atual, segue forte a tendência de retenção de matrizes por todo o País, motivada pela valorização do bezerro. Em praças de Mato Grosso do Sul, a média de preço foi de R$ 2.701,58, na terça-feira (2/2). A alta acumulada no ano é de 12,52% e de 63,03%, considerando o mesmo período de 2020. “Com os recordes dos preços de bezerros, isso estimula os produtores a manter suas fêmeas, o que estimula a atividade de cria. Ano passado teve uma retenção bastante forte.  Para se ter uma ideia, foi a retenção mais forte dos últimos dez anos, e esse movimento deve continuar ao longo de 2021”, diz Lygia. “A partir de 2022 e 2023, os rebanhos de bezerros começam a ser reconstituídos. Já estamos construindo um ambiente de sustentação para o aumento produtivo, ou seja, ‘estou retendo fêmeas para lá frente ter mais produção’ e uma hora ou outra o preço da cria vai parar de subir como está subindo”, diz a CEO da Agrifatto.
Leia a notícia na íntegra  no Abrafrigo

Fonte:PORTAL DBO

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