A busca pela proteção do dólar prevaleceu ontem, em um dia de eventos importantes, como a decisão de política monetária do Federal Reserve e a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Brasil
A moeda americana chegou a subir até R$ 5,14 na máxima do dia. No entanto, como os eventos ocorreram sem grandes surpresas, a moeda se afastou do pico e fechou com elevação bem moderada. O dólar comercial encerrou em alta de 0,30%, aos R$ 5,1030. Com isso, o desempenho do real estava entre os piores em uma lista das principais moedas do mundo. Para efeito de comparação, a moeda americana recuava 0,17% ante o peso mexicano e avançava 0,03% ante o rublo russo, enquanto caía 0,45% ante o rand sul-africano e 0,40% ante a lira turca. “Acredito que o real foi o ativo escolhido para o hedge (proteção) contra surpresas do Federal Reserve. Mas como o banco central dos Estados Unidos reiterou a postura mais favorável a estímulos, isso tirou pressão do câmbio”, explicou Cleber Alessie Machado Neto, Gerente da mesa de derivativos financeiros na Commcor. Por aqui, o principal item da agenda da quarta-feira no Brasil foi a votação da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021. Os deputados aprovaram na quarta-feira, por 444 votos a 10, o texto-base, e concluíram a análise dos destaques, que poderiam alterar trechos específicos do projeto. Depois, o texto seguiu para o Senado, onde foi confirmado pelos parlamentares. O projeto foi aprovado por meio de um substitutivo feito ao texto do Poder Executivo, de autoria do senador Irajá Abreu (PSD-TO), que foi designado como relator. No parecer, ele apoia a meta fiscal definida para 2021 e amplia metas e prioridades do governo. A previsão é que no próximo ano a meta seja de R$ 247,1 bilhões para o resultado primário.
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Fonte: Valor Econômico