Cenario Rural

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Valor Bruto da Produção agropecuária de Minas Gerais deve alcançar R$ 87 bilhões

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária mineira deve alcançar, em 2020, R$ 87 bilhões, registrando crescimento de 21,9% em relação ao ano anterior. O indicador representa uma estimativa da geração de renda no meio rural e seu cálculo é feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a partir de dados do IBGE, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).

Mais da metade do faturamento mineiro (63,7%) veio das lavouras, ou seja, da agricultura. O segmento deve alcançar R$ 55,4 bilhões, com crescimento de 23,5% frente a 2019. Nesse contexto, os principais impulsos vêm do café (53,3%), da soja (46,5%), do milho (27,6%), do feijão (14,5%), da laranja (1%), do trigo (55%), da mandioca (10,4%) e do amendoim (69,1%).

O café representa, sozinho, cerca de 35% do faturamento agrícola do VBP neste ano, com uma receita que deve alcançar R$ 19,3 bilhões. Levantamentos do IBGE de setembro apontam que a safra de café arábica, no estado, deve crescer 32,6%, alcançando 32,8 milhões de sacas em 2020.

O preço do café no mercado interno também registrou altas, segundo o indicador do café arábica Cepea/Esalq. No mês de setembro, a média mensal de preços da saca de café arábica foi de R$ 564,62, com crescimento de 31% em relação a setembro de 2019.

Na avaliação do superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Carlos Eduardo Oliveira Bovo, os bons resultados na produção de grãos e de produtos como a mandioca e a laranja, além dos preços praticados no mercado, também favoreceram o desempenho positivo do VBP.

Pecuária

A previsão de crescimento para a pecuária é de 19,2%, com receita estimada em R$ 31,6 bilhões. Os destaques foram para bovinos (+21,6%), ovos (+9,2%) e leite (4,3%). Segundo o superintendente Carlos Bovo, o mercado externo contribuiu para o bom desempenho da carne bovina.

“O aquecimento do mercado externo, combinado com a baixa disponibilidade de animais para abate, fez com que os preços no mercado interno atingissem patamares recordes. O preço médio da arroba do boi, em setembro, chegou a R$ 248,50. Esse valor é 57% superior a setembro do ano passado”, analisa.

O preço do leite também registrou altas devido à oferta limitada do produto no mercado, o que também contribui para o incremento do VBP da pecuária no estado.

Fonte: Gov MG

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