De março a agosto de 2020, período pandêmico para Mato Grosso do Sul, a participação nas exportações de produtos agropecuários aumentou 17,8% se comparado ao mesmo intervalo do ano passado. Conforme levantamento do departamento técnico do Sistema Famasul, os Estados Unidos e a China ampliaram o potencial de compra de itens do agro sul-mato-grossense em 38% e 35%, respectivamente. Este é o tema da editoria #MercadoAgropecuário.
A explicação está no direcionamento de aquisições dos compradores internacionais para o Brasil. De acordo com a analista técnica, Bruna Dias, o preço competitivo e o grande volume da produção estão entre os principais motivos. “A alta do câmbio beneficia as exportações, torna os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo e, consequentemente, impulsiona a venda de importantes produtos deste setor, como é o caso de celulose, grãos e proteínas”, detalha.
A produção de grandes excedentes e o potencial para as vendas externas consolidam cada vez mais o país como um confiável fornecedor de alimentos para o mundo. Entre os principais produtos exportados estão o complexo soja, responsável por 51,6% do total comercializado, produtores florestais, com 25,4% do faturamento, e as carnes, com 15,8%. Os três itens totalizam 93% da pauta exportadora do estado para o período.
Por outro lado, com a valorização do dólar, os produtores rurais sentem o encarecimento dos insumos. “Fertilizantes, defensivos e medicamentos são itens essenciais na atividade desenvolvida no campo e, considerando o momento de pré-custeio da safra 2020/2021, o impacto pode ser negativo no custo de produção”, complementa.
Cadeias produtivas em destaque
Quando o assunto é produção, no primeiro semestre deste ano, a suinocultura foi destaque. Mato Grosso do Sul produziu 11,9% mais de carne suína, quando comparado a igual período de 2019. Em seguida aparece a soja, com 11,3 milhões de toneladas e praticamente 100% do volume comercializado, e o milho da segunda safra, com a colheita quase concluída, apresentando perspectiva de 8,6 milhões de toneladas e a comercialização acima de 62%.
Fonte: CNA BRasil