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Com atuação do BC, dólar ainda fecha no pico quase 4 semanas

O dólar começou a última semana do ano em alta, chegando a saltar mais de 2% no pior momento da segunda-feira, o que chamou o Banco Central ao mercado, num contexto de forte pressão compradora de moeda em meio a saídas de recursos e à expectativa de robusto ajuste de posições na virada do ano

O dólar à vista fechou com ganho de 0,66%, a 5,2406 reais na venda, maior patamar desde 2 de dezembro (5,2422 reais). A moeda passou a tomar fôlego e, na máxima, alcançada por volta de 14h, saltou 2,05%, a 5,3131 reais. Às 14h14, o BC anunciou que ofertaria dólares no mercado à vista, em operação que, no fim, representou injeção de 530 milhões de dólares no mercado spot. Foi o primeiro leilão do tipo desde 30 de outubro. Pouco antes da intervenção do BC, o real registrava, de longe, o pior desempenho global. O que fez a moeda brasileira descolar de alguns de seus pares foi uma combinação entre pressão compradora oriunda de remessas, expectativa pelo desmonte de cerca de 16 bilhões de dólares em “overhedge” na passagem do ano e trade “compra de dólar/compra de bolsa”, este facilitado pelo baixo custo de carrego de posições vendidas na moeda brasileira devido ao juro na mínima histórica. O “overhedge” é uma proteção cambial adicional adotada por bancos que deixou de ser interessante depois de mudanças, anunciadas no começo de 2020, em regras tributárias.

Algumas estimativas de mercado apontam valores em torno de 16 bilhões de dólares de tomada de moeda, volume apenas parcialmente compensado pela perspectiva de que o BC despeje um total de 9,602 bilhões de dólares em dinheiro novo via swaps. Isso ocorre com o fluxo cambial já negativo em mais de 23,6 bilhões de dólares no acumulado de 2020, a caminho do segundo pior resultado da história, depois de em 2019 as saídas alcançarem níveis recordes. Há menos de duas semanas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a autarquia estava fazendo rolagens maiores de swaps e olhando os fluxos cambiais numa base diária para ajustar sua atuação em relação ao tema do “overhedge”. Desde novembro, o BC vem dando indicações de que poderia atuar. A idiossincrasia do real pode, diante desse pano de fundo, continuar impedido que a moeda capte de maneira mais visível o clima otimista no exterior, na esteira de farta liquidez, da recuperação econômica e da distribuição de vacinas. Com isso, o real corre o risco de seguir atrás de seus pares. “Você tem um prêmio de risco fiscal alto, um efeito do (baixo) diferencial de juros e um juro real predominantemente negativo”, disse Bernardo Zerbini, um dos responsáveis pela estratégia da gestão macro da gestora AZ Quest. O real cai 23,4% em 2020, pior desempenho global depois do peso argentino, que perde 28,1% no período.

Leia a notícia na íntegra no Abrafrigo

Fonte: Reuters

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