O dólar fechou em leve alta ante o real na sexta-feira, replicando movimento visto no exterior em dia de correção negativa em ativos de risco
O dólar à vista subiu 0,12%, a 5,0476 reais na venda. Na véspera, a cotação recuou 2,55%, para o menor patamar desde junho. Indicadores técnicos, como o índice de força relativa (IFR) de 14 dias, apontam que o dólar pode já estar em terreno “excessivamente fraco”, o que elevaria chances de uma correção no curto prazo. A combinação entre contínua fraqueza da moeda no exterior, salto nos preços das commodities, confirmação de oferta líquida de dólares pelo Banco Central e o tom mais duro da autarquia sobre política monetária ditou o alívio nas pressões sobre a taxa de câmbio nesta semana. “No nosso cenário-base, o dólar vai a 4,80 reais em 2021, sem furo do teto de gastos e com aprovação de uma PEC emergencial não muito ambiciosa”, disse Roberto Motta, Chefe da mesa de derivativos da Genial Investimentos, que fala em chances de um “superciclo” de commodities e de crescimento econômico global sincronizado. Mas, num cenário ainda mais favorável, no qual mais reformas são aprovadas pelo Congresso em 2021, a moeda norte-americana poderia ficar abaixo de 4,50 reais, segundo Motta. O dólar não fecha abaixo desse patamar desde 2 de março (4,4868 reais), logo antes de entrar em acelerada rota ascendente enquanto a pandemia se agravava no mundo. Para o ASA Investments, a taxa de câmbio poderia se aproximar de 4,60 reais por dólar até o fim de 2021 num quadro em que o prêmio de risco do Brasil caia a 100 pontos-base, as contas externas sigam equilibradas e o ambiente global continue favorável à fraqueza da moeda norte-americana. O cenário-base da casa, contudo, é de um dólar a 4,80 reais, com o spread dos Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos em 150 pontos-base.
Leia a notícia na íntegra no Abrafrigo
Fonte: Reuters